quinta-feira, 27 de novembro de 2014

     Vermelho e amarelo são o perigo. O preto a dor e o luto. O branco a paz. O verde a esperança. Mas, e eu? Eu estou sem cor. Não a preto e branco, mas literalmente sem cor. E com "sem cor" quero dizer sei lá... Não sei.... Talvez...
     "Sem cor" como se estivesse no modo pausa ou até no mute, no entanto, o resto do mundo continuaria a girar e as pessoas num frenesim quase inacreditável. Porém, eu seria uma árvore e a única coisa que fazia era ver a vida a passar por mim.
     Sim, é isso. Sinto-me sem cor ao ponto de ver a vida a escapar-se-me por entre os dedos tal como as folhas das árvores no outono.
     Carreguei no play. Começo agora a movimentar-me, mais devagar que os outros, como se estivesse a aprender a andar outra vez e ao longe começo a ver algo diferente. Deparei-me com algo pouco habitual e ao fundo conseguia ver o que há muito tinha deixado de ver. Comecei a ver cor. Ao início, tão leves e tão claras que quase não as conseguia distinguir, mas quanto mais me mexia mais cores apareciam e cada vez mais fortes. Portanto vou apenas correr, correr até não poder mais, porque comecei a viver e as cores começaram a aumentar e tudo o que quero é ver até onde este quadro me pode levar.

Eunice Rodrigues, 11ºC

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